quarta-feira, 29 de outubro de 2008

VIOLÊNCIA NAS ESCOLAS

Ao abrir o caderno "cinco" do Correio Braziliense de 26 de outubro, uma matéria chamou-me a atenção, não só como educadora, mas também como personagem principal do assunto em pauta. A matéria relatava a triste realidade da violência nas escolas , porém acredito que seu intuito fosse divulgar a cartilha que será lançada pela SEEDF /GDF, proposta que acho louvável e que tenho cá meus questionamentos, mas de repente a matéria tomou um rumo um tanto descuidado ao retratar aspectos e fatos referentes a esta e aquela outra escola. Lamentável , uma vez que, enquanto nós educadores estamos numa luta constante em relação a qualidade de educação e principalmente à "igualdade", a matéria prioriza dados num percentual bastante relevante das cidades, Santa Maria, Brazlândia e Ceilândia...Oras, é muito fácil traçar o perfil das cidades citadas "como violentas", onde suas crianças além de frutos dessa vilência são também cidadãos carentes.Violência , e não digo só na escola , ocorre em todos os lugares, sobretudo àquelas "violências" sutis , que talvez, ao delinear o investigativo de uma pesquisadora, passe desapercebido. Poderia citar várias, mas prefiro prosseguir na minha indignação...Ao final da Página 36 ,um relato tirou-me do sério. Em letras garrafais: TRÁFICO E CONSUMO ASSUSTAM PROFESSORES. Não discordo em nada disso, afinal assusta a qualquer um, sobretudo a mãe trabalhadora com quem muitas vezes nos deparamos com os olhos cheios de lágrimas e pressa para entrar no serviço, mas assustada com seu filho, não por causa de alunos da escola, e sim na maioria das vezes pelos "colegas" da comunidade". Estou sendo generosa ao dizer "colegas", quando na realidade são gangues e saibam vocês , manipuladas por adultos desocupados. Mas continuemos com a minha indignação especificamente: "eu já vi alunos entregando os saquinhos de maconha perto do banheiro, relata outro adolescente da mesma idade( 14 anos) aluno do CEF 213 do Ensino Fundamental de Santa Maria". Bem sei que identidades devem ser preservadas em garantia ao Estatuto da Criança e do Adolescente, mas também a identidade de nossa escola também deve ser garantida , sobretudo pela pesquisadora que assina a matéria, quando, eu gostaria de saber o quanto ela conhece de nossa escola? Fatos precisam ser verificados.Nossa escola é uma Instituíção inclusiva e vem trabalhando em propostas inovadoras uma delas diz realmente respeito a matéria. A Sra. Míriam poderia ler nosso orkut, uma comunidade sadia e alegre, o nosso blog e todos os relatos das atividades desenvolvidas com sucesso no site Santaonline...e mais , a Sra poderia até mesmo vir em nossa escola e verificar conosco a estrutura física da mesma, que demonstra até mesmo a impossibilidade desse comentário...Adolescente inventa, pode-se assim dizer não é mesmo? Mas saibam que nossos banheiros ficam em frente as salas , na lateral da cantina e bem centrada ao núcleo disciplinar.Nossos alunos vão ao banheiro com crachás, os banheiros são fechados e abertos pelos servidores a cada necessidade...É comum ouvir falar de drogas em Santa Maria,em se tratando da comunidade, mas minha colega pesquisadora, dou-lhe a garantia de um trabalho exaustivo e colaborativo em nossa escola que tal fato não ocorre, nem ocorreu...Saiba a colega que escolas pequenas costumam ter muitos olhos e muitos ouvidos. Minha indignação vai além dos portões de minha escola...Por favor retrate sim a violência, as drogas...mas vizualise Brasilia num todo. Violência existe sim, mas "Sexo, Drogas e alcoolismo", eu desconheço tal fato e acredite, nosso Conselho Tutelar, nossa Polícia Civil, nossa Segurança Escolar , nossa DRE e Administração de Santa Maria , funcionam e colaboram com nossas escolas. Certa de que nossa proposta é caminhar na mesma direção, receba nossos cumprimentos e convite para vir nos conhecer.

2 comentários:

Anônimo disse...

A preservação da harmonia profissional vai além dos que maldizem, sempre tem alguém em algum lugar amando muito pouco ocasionando assim uma rede de intrigas justamente para desestruturar ainda mais o sistema, preocupam-se pouco em melhorar, reciclar e ser humano.
É fácil criticar o difícil e fazer a diferença.
Violência há e não vai deixar de existir...a mrnod que as pessoas adquiram uma mudança de postura profissional e politica, a violencia maior esta no uso palavras que ferem como guerra...

Dayselúcide (administradora) disse...

Seu comentário vem ao encontro de suas palavras, quando se vê que gente comprometida como você, preocupa-se com a verdade e com atitudes colaborativas de mudanças, assim como nós. Um grande abraço. Por favor deixe seu nome.